terça-feira, 16 de junho de 2009

AQUARELA - Marise Ribeiro


Aquarela

Marise Ribeiro


No ontem de mim, uma tela inerte

a imagem da solidão refletia.

Pálidas e inexpressivas, as espumas do tempo

varriam sombrios dias.

No hoje, a arte concreta dos conflitos,

explode em tonalidades de gritos

de uma paisagem que ansiei compartilhada...

Dou a mão a mim mesma,

"aquarelo-me" com o silêncio do nada,

diluo ímpetos e afãs,

e me esboço abstrata em nuanças do amanhã...


14/06/09



2 comentários:

  1. Que lindo poema Soninha, bela escolha para o seu blog que está encantador. Beijos.

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  2. "....Dou a mão a mim mesma,"...
    Quantas vezes por décadas a gente faz tanto por outros e tão pouco ou quase nada pela gente mesmo.... Adorei o poema...singelo e rico e infinitas possibilidades....
    Sua visita ao Olhar de Carpe Diem sensibilizou o Jovem Wilson Neto..... Obrigado pelo carinho e comentário....
    Beijos!!
    Hod.

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