segunda-feira, 30 de março de 2009

"...A vida é: principio...meio....e fim.
Enquanto isto os dias seguem assim...assim...
Cambaleando pelas esquinas do cotidiano
Perdidos pelas sombras
dos opacos sonhos..."

(Fragmento extraído do poema de Zena Maciel "A Tristeza do Cotidiano")



quarta-feira, 25 de março de 2009

"... De palavra em palavra, fui gastando o antigo caderninho de anotações. Foi preciso escrever outro. Muitos outros. Até perceber que as palavras não dizem tudo. Tentam, apenas, preencher vazios no papel, enfeitar de imagens a aspereza da espera, a incerteza do instante seguinte.
Enquanto aguardo a próxima lua cheia. A ilusão poética do que é apenas uma pedra solta no espaço. No entanto, nossos olhos peregrinos vêem uma bola grande e branca, pendurada no céu, que se pudesse falar, nos diria que não há o que esperar. Todo o infinito está contido neste exato instante de amor ou de medo..."
(extraído da crônica de Aldo Cordeiro "Um Ponto").


terça-feira, 24 de março de 2009

Djavan também é poesia...


"...Como escritor tenho dores guardadas para usá-las quando bem entender. Sempre é preciso que sejam feitas legendas para que não se confundam.Porque quando o coração é profundo basta mergulhar nele para se encontrar qualquer sentimento. Alegria ou lamento, tudo que eu sinto, senti ou sentirei, está vivo em mim a qualquer tempo, se movimentando, se agitando e sendo transmitido através da rede como uma energia sentimental..."

Série Entreatos nº 45

"... Nas câmaras da minha essência, a luz teima em permanecer acesa...
Mantém-me com o olhar cansado, fixo no que fui e no que sou...
A vida passa em preto e branco, repetitivamente,
como se o botão das lembranças estivesse travado
na esfera do tempo...
Preciso apagar esta cotidiana claridade,
deitar-me nas cores da ilusão,
desviar-me silenciosa e vagarosamente
da jornada perdida, e sonhar, e sonhar, e sonhar..."


segunda-feira, 23 de março de 2009


"...Era quase sempre madrugada quando, trôpego, retornava adivinhando caminhos e estrelas. A bem da verdade, perdia-se, às vezes. Já batera em porta errada, dormira em banco de praça, acordara na calçada abraçado ao cachorro do vizinho. Mas, quase sempre, chegava são e salvo. Subia as escadas, abria a porta sem ruído, tirava os sapatos e entrava, pé ante pé, na casa adormecida. Em silêncio. Para não despertar a solidão..." (Marcia Maia)
"...É a esta hora
A que precede a noite
E determina o fim do dia
Em que a cor se esbate
O escuro se insinua
E as sombras se diluem
Que me sinto mais real
[...]
Pertenço a esta hora do dia
À hora indecisa
Em que os limites se tocam..."
Colhido no Blog Encandescente...


"...Sumi para estar para sempre do seu lado...
A saudade fará mais por nós dois
que nosso amor e sua desajeitada e
irrefletida permanência...”

(fragmento extraído da crônica Sumi, de Martha Medeiros)



"...Não há lucidez suficiente
para que exista um "eu" no qual refugiar-me
Não há loucura capaz de ocultar-me.
Então vago, entre o que não sou e o que não sinto.
Nesse espaço milhões de seres coexistem
muitos morrem outros matam...
O que fui e o que jamais existiu em ti..."
(by Celly Adelina Monitor)