quarta-feira, 25 de março de 2009

"... De palavra em palavra, fui gastando o antigo caderninho de anotações. Foi preciso escrever outro. Muitos outros. Até perceber que as palavras não dizem tudo. Tentam, apenas, preencher vazios no papel, enfeitar de imagens a aspereza da espera, a incerteza do instante seguinte.
Enquanto aguardo a próxima lua cheia. A ilusão poética do que é apenas uma pedra solta no espaço. No entanto, nossos olhos peregrinos vêem uma bola grande e branca, pendurada no céu, que se pudesse falar, nos diria que não há o que esperar. Todo o infinito está contido neste exato instante de amor ou de medo..."
(extraído da crônica de Aldo Cordeiro "Um Ponto").


Nenhum comentário:

Postar um comentário